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domingo, 26 de junho de 2016

Capitulo 20

Então meu casamento estava perto. Estava me sentindo uma vaca estúpida,o porquê de eu estar fazendo isso com o meu coração eu não faço ideia,eu me aprofundei ao desespero. E para piorar Maycon começou a me bater, eu estou no fundo do posso, minha vida de tornou numa tremendo ilusão. E agora me vejo com os olhos roxos,como eu poderia ter deixado as coisas chegaram a esse ponto? Clara amava o Maycon, ele a tratava como uma filha, me batia quando eu dizia que iria embora com ela. As violencias Começaram quando eu disse pela primeira vez, e eu fiquei com vergonha de dizer para alguém o que aconteceu, no começo foi um soco, depois uma marca. Me assustei quando Austin pegou pelo meu braço com dúvidas.
Eu não quero amar mais ninguém. Eu odeia homens, todos eles me levaram ao fundo do poço, todos eles me quebraram, me arrastaram na lama, eu não consigo mais confiar, busco várias maneiras para me casar com esse homem e ir embora, eu caí direitinho na armadilha do Maycon,como não acreditei em tudo que o Austin dizia. Eu estava desesperada,todos os dias eu deitava num dos quartos dos hóspedes, local que jamais alguém iria me procurar, era eu e Clara, e ela parecia bem me entender porque ela também ficava em silêncio, as vezes até mesmo me reparando, e eu a pedia perdão, pela dor, pelo caos e novamente pelas lágrimas e ela sorria. O sorriso da minha filha era a coisa mais linda do mundo, eu estava apaixonada por ela, pelos olhares por tudo, ela me tira do caos, ela é a minha terapia. E eu não conseguia desistir de nada por ela. E então o abismo foi se aproximando, o dia do meu casamento seria o pior dia da minha vida. E última vez que o Maycom me bateu,ele disse que não me queria mais na casa de Austin, pois me viu abraçada nele, eu fiz aquilo porque precisava de um abraço e também o Austin é o único homem que eu amei neste mundo. Ele me pegou pelos cabelos, me puxou até o andar de cima e me deu um soco no centro da cara, por isso estou hoje aqui, com essa baita lesão, dizendo pelos cantos que apenas bati a cara numa porta, não fui mais ver o Austin,eu o ligo de vez enquanto. Era horrível até mesmo falar com ele, porque eu sentia muito, eu queria voltar a ser a Mariah das estrelas, contei tudo a Clara, contei toda a nossa história de amor, contei sobre as vírgulas e sobre os pontos, até mesmo o ponto final. Ensinei, mesmo ela não falando.
Aprendi muito com a vida, com apenas 19 anos, nossa, isso é deprimente. Meu aniversário de 19 anos passou e apenas Austin se lembrou, até porque Maycon nem sabia a data do meu aniversário. Austin se esforçou para me ver, porque até então eu mentia dizendo - o que eu não tinha tempo. Consegui sair de casa quando Maycon não estava e fui até o parque com a Clara, quando eu cheguei la, estava senhor Levine, Austin, Alice, Michelle e as crianças. E eu caí em lágrimas,aquela era a minha família, que também não era, e eu chorei muito até que me acalmasse porque doia muito, doía muito. Mas, foi o aniversário mais fofo que eu já tive, as crianças me ajudaram a cuidar da Clara, enquanto eu fiquei agarradinha no Austin, depois comi meu mais delicioso bolo e fui para casa feliz com Clarinha. E aquele foi um dia muito delicioso para mim,mas para minha maior surpresa,quando cheguei em casa, Anne e Duda estavam na minha casa junto com Maycon e com uma lindo bolo escrito, amamos vocês, coloquei Clara ao chão e corri ao encontro delas, aquilo era aliviador,está ali nos braços das minhas amigas. E eu as apertei e fiquei ali abraçada chorando por alguns segundos,enquanto Maycon nos observava.
____Isso tudo é saudade? ____ Duda brincava enquanto eu ainda estava apertando elas.
____ Eu sinto muita saudade.
____Nós também. ____Disse Anne. ____ Estamos aqui para o seu aniversário, você esta fazendo 19 anos.
Continuei a chorar.
____ Meu Deus, como a Clara está enorme. ____Anne se surpreende e corri para para - la.
Eu fiquei observando sem dizer uma palavra, eu não conseguia dizer nada, só queria elas ali comigo, bem comigo, me salvando do vazio.
_____Ah, minha amiga. Hoje é o seu aniversário, não precisa ficar chorando. Vamos ficar para o seu casamento também. ____Eu soluçava.
____É que estou com saudades dos meus Pais, do Austin ____Maycon me fitou, mas eu não me importei. ___ e de vocês, eu pensei que eu fosse chegar em Paris e te encontrar mais você continuou no Brasil, sua vaca
____ Agora estamos aqui,meu amor. ____ Ela acariciava meus cabelos.
____Ele está enorme. ____Colocou toda a parte da extensão dos meus longos cabelos.
E aquela noite foi ótima, dormimos nós quatro juntas,colocamos colchões na minha sala enorme e fizemos como nos velhos tempos, eu me sentia protegida ali perto das mulheres que eu amo. E sinta um vazio com a falta da mamãe, mas mesmo assim me lembrei que ela sempre quis o meu bem. E não o meu mal, e naquele momento minhas melhores amigas me completavam de certa forma. Eu não consegui dormi, fiquei olhei para as três a noite inteira, pensando em todo o meu passada, eu todas as felicidades e la paras 5hrs da madrugada eu consegui dormir. As semanas foram passando, e mais próximo ao casamento estava, escolhi um vestido simples do mais caro até porque eu ainda acreditava que um dia iria casar com o Austin e aí sim escolheria um vestido perfeito. Para minha felicida, Duda e Anne estavam namorando, eu fiquei atônita com a ideia, nunca pensei que isso iria acontecer e fiquei feliz em saber. Anne saiu de casa, logo depois de se acertar com sua mãe, ela viu o que era certo ou não e veio. Clara estava andando, e eu estava igual uma louca andando pela casa atrás dela e ela corria de mim, e eu ficava igual uma nova lesada.
Um dia Clara estava andando com o celular do Maycon na mão e só reparei quando vi que estava tocando. Peguei com pressa da mão dela, e estava escrito o seguinte nome, com a seguinte foto.
Bruna.
Aquela puta namorada do Austin. fiquei boquiaberta até porque ele disse que ela era uma Boa pessoa. Acreditei. Mas, me preocupei poderia ser o Austin querendo me dar alguma notícia, meu coração desparou. O celular vibrava na minha mão e me perguntava se eu deveria atender ou não, até que na última chama eu atendi.
____Olá docinho? ____ Meu coração desparou, eu fiquei nervosa._____Nosso planinho esta agora em ação. ____ desliguei rapidamente na cara daquele piranha, e estava ainda recapitando o que ela tinha dito, planinho ? Bufei. Planinho ?
Maycon apareceu.
____ Olá, coisa linda. ____Ela me sela ,mas eu não correspondo.
____Toma, cuidado porque a Clara estava rebolando com ele por aí. ____Ele me olha incrédulo.
____ Que merda. ____Ele grita com violência. ____Clara. ____Ele grita com tanta raiva, que meu coração despara. ____Vou falar só uma vez,não mecha nessa porra aqui nunca mais.
E ela partiu a berrar no meu colo, ele não estava sendo doce,ele agia com maldade. Eu avancei nele.
____Não grita assim com ela. ____Eu gritava, e ele partiu para cima de mim. ____ Você é um filho da puta.
____Cala a sua boca porque você esta me estressando.
____Ela só tem 1 ano Maycon, ela nem entende o que você esta fazendo. Eu tenho nojo de mim por ter aceitado algo com você, eu só vou me casar com você, porque eu tenho pena de você.
Ele voa em cima de mim e me bate. Me bate tanto que perco o sentido, era daquela pancada que eu precisava para sentir toda a dor de uma vez só. Eu queria que ele parasse, mas eu não conseguia mais dizer, estava devorada pelo sangue pela dor e pelos gritos da Clara, eu implorava para que ele não fizesse nada com ela,apenas comigo, eu já estava inconciente e ele me bateu com muita força. Enquanto ele me batia, eu sentia meu rosto liso e macio ficar grosso,quando senti seu rosto longe de mim, apenas vi o rosto do Austin. Eu estava morrendo, eu sentia isso, mas eu não podia, a Clara precisava muito de mim.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Nova obra - Ela só quer paz

Acabei de publicar " Prólogo ", da minha história " Ela só quer Paz ". http://my.w.tt/UiNb/OVCrG3Lr5s

Capítulo 19

Austin

Naquela noite de Natal, eu fiquei desnorteado com a ideia da minha garoto está de frente para mim, me beijando. Eu não conseguia acreditar naquela,até que me belisquei em vao, e percebi que não era um sonho. Naquela noite muita coisa veio a tona para mim, eu realmente me sentia triste, e queria poder tirar aquele sentimento de mim, ao ve - la sentar ao lado de Maycon,e ele a beija - la. Aquilo foi tão desconfortável, quando ver Clara ao seu colo, eu nem conhecia a menina, mas eu a considerava desde a época que éramos "nós". O tempo foi passando rápido e parece que tudo foi se apagando ou não. Mas, ele me destruiu aos poucos em saber que um dos meus melhores amigas, sim, Daniel. Ele Matou senhora Baker, ele forjou toda aquela história, me incriminou e veio com uma estória nojenta que aquilo tudo foi por Amor. Amor ao inferno por bem dizer. Eu me machuquei por diversas maneiras, de diversas formas, para me deparar com essa história que eu não engulo. E a dor vem consumindo o meu peito de pouco a pouco. A melhor parte é quando Mariah vem me ver, a melhor parte de tudo é isso. Mesmo com aquele psicopata na nossa casa, ele sabe que ela não o ama, mas ele insiste em alimentar esses sentimentos. Ultimamente não tenho gostado das reações dele,ele anda estressado demais com a Mariah, e o pior é que não chega bem perto das estresses que eu tinha com ela. Eu me arrependo tanto, me arrependo de ter feito tudo aquilo errado, de ter a magoado tanto e ter causado tanto sofrimento para ambos. Eu não sei até que ponto vou chegar, minha doença vai melhorando de pouco a pouco, meu pai é minha força. Como eu amo o meu velho contando todas suas histórias que foram feitas durante esses seus anos, eu o amo tanto, e é isso que me faz continuar, se não eu já estaria cansado demais para sobreviver.
Mariah, veio me ver com a Clara e elas estavam com aqueles vestidinhos que não tem nada a ver com aquela Mariah, ela mudou tanto quanto. Mas, isso não me incomoda, Apenas o fato dela está quase se casando com Maycon, e o casamento ja esta marcado. Eu não vou nesse casamento, não irei de jeito algum. Isso sim me machuca .

- Você está feliz? - Eu a pergunto, enquanto dou a mamadeira para Clara. - Você parece tensa.

- Coisas do casamento. - Ela diz olhando para um ponto fixo. Eu odeio ama - la tanto,eu ainda sustento essa ideia de te - la.

- Você deveria estar feliz.

- Mas estou... - Ela me encara. - Droga,não consigo mentir para você. - Ela está chorando,e eu tenho certeza que ela queria que eu a levasse para nossa antiga casa

- Não mesmo. Fala, por que esta assim?

- Por que eu não o amo?

- Se isso foi uma pergunta,não irei responder pois você está com ele porque quer.

- Você sabe que "nós" nunca mais vai existir. - Aquilo quebra meu coração. Me esforço para não parecer nervoso. Eu fico surpreso de como Mariah deixou todas as nossas memórias para trás. Eu te Disse tanto Mariah,isso me quebra o coração milhões de vezes. Ela nunca vai entender o que eu sinto por ela,o que ela significa para mim.

- Ah,aí você vai se casar com alguém que não te causa o devido arrepio?

- Ele faz Clara feliz.

- Não diga isso. Porque eu também faço.

Clara é muito apagada a mim, cada dia que ela vem me visitar venho me apagando mais a ela, crio mais esse amor, que vai crescendo dentro de mim, e que uma hora parece explodir.

Ela sorri sem mostrar os dentes.

- Vou me casar mesmo assim. - Ela não me olha e passa as mãos em seus cabelos que me faz deparar com uma mancha roxa.

- Que isso? - puxo seus braços.

- Ah,nada demais. - Ela parece sem graça e pega Clara. - Bati na fechadura da porta.

- Mariah?

<p>- Austin,eu já falei.... </p>

<p>- Eu te amo tanto,Mariah. - Eu a puxo de encontro ao meu que faz Clara chorar. - Não fica a machucando assim. Toma cuidado.

- Está na hora dela dormir,e... Sua namorada está vindo. - Ela acena para Bruna. Fico parado olhando ela ir embora sem dizer uma palavra.

- Olá meu amor. - Ela senta na grama ao meu lado e me sela.

- Oi linda. - sorrio sem os dentes. Eu não quero bancar o idiota. Mas,ela quer que eu atue como se me importasse de verdade.

- Odeio essa Mariah. - Ela diz cravando os dentes. - Graças a Deus ela irá se casar e ficará bem longe de você.

- Bruna,pelo amor de Deus,não começa. - digo com violência.

- Tá bom. Desculpa. Tenho duas coisas para te falar!

- Hm?

- Você quer a Boa ou a ruim amor?

- A ruim primeiro,claro. - reviro os olhos. - fala.

- Fui visitar o Daniel.

- Porra Bruna. - grito com violência, colocando as mãos sobre a cabeça.

- Calma Austin, ele está arrependido.

- Que se Dane ele, não quero saber. Estragou meu dia - sussuro. - diga a Boa para me deixar mais animado.

- Senta porque você vai precisar.

- Vai, conta amor?!

- Eu estou gra-vi-da? - Ela pula no meu colo e fico boquiaberto. Engula a seco cada palavra, enquanto essa morena da boca carnuda me encara com um sorriso nos lábios.

Estou incrédulo.

- Austin. - Ela me sela e mantenho meus olhos pousados sobre o dela.

Não é uma brincadeira e eu estou desapontada comigo mesmo.

Eu jamais me imaginei tendo um filho sem que fosse da Mariah, que droga.

- Ah, meu amor. - Eu a selo ainda nervoso. - Tem certeza?

- Sim,fiz o teste. Estamos gravidoxxxxxxx. - Ela está tão animada que deixou sua emoção fluir enquanto penso que fiz tudo errado e se eu quisesse conquistar Mariah,não teria mais porquê,pois ela irá se casar e eu serei papai.

O destino não foi bom comigo.

Capítulo 18

Me abraçava em meio ao edredom macio,enquanto convenço a mim mesma que eu não quero levantar da cama. Meu pijama de bolinha, e minha pantufa, eram bizarras quando se colocava perto daquele meu eu passado. Meu semblante era horrível, perto dos meus cabelos bagunçados. E eu apenas queria Matar o Maycon por estar subindo os degraus, para vir me acordar, cada passo era um extase para mim. Hoje seria o perfeito dia para não levantar da cama e encarar o dia. O Natal chegou antes mesmo de eu dizer se ele seria bem vindo ou não. A maioria das vezes me pego berrendo debaixo de um edredom branco e macio, chamando por Socorro, porque eu sinto saudades. Queria me deter a esse meu temperamento de sempre querer fazer tudo por impulso. Clara definitivamente tem mudado a minha vida, se não fosse ela eu estaria num abismo sem fim. Me aquecer naqueles bracinhos pequenos é tudo que eu queria, até que meu amado venha,e tire elas dos meus braços dizendo que ja esta na hora de Mama.

Arrumei um cara atencioso,mas mesmo assim minhas ideias são de terrores. Quando penso no Austin, e sinto falta dos frios na barriga, sinto falta dos beijos molhados, eu realmente sinto falta das emoções. E isso me causa arrepios de saber que eu amo em vão, pois jamais daríamos certo depois de tantos meses, depois de uma vida completamente mudada. Eu queria não lembrar dele,ao desligar a droga do despertador toda manhã, eu queria não insistir nessas sensações que não me abandonam,e me deixam com os punhos serrados.
E esses frios na barriga de achar que o encontrarei na rua, de ve - lo em outras pessoas. Ficar me perguntando, Como seria se ele estivesse aqui?. Mas, agora tudo é tão diferente, eu não consigo apagar as lembranças daquele dia, das marcas que fizeram a gente se separar, e eu realmente acho que se fosse para ser "Nós" seria.

Confesso que eu queria viver uma vida com Austin, queria ama - lo mais, e dedica - lo mais o meu tempo.

As vezes é difícil é encarar a realidade.

- Acorda mamãe. - Maycon coloca Clara em cima de mim,e ela coloca a boca nas minhas bochexas.

- Eu preciso dormir. - Murmuro. Enquanto estou sendo atacada por babas

- Não! Está na hora de acordar para nosso café da manhã em família.

- Você pode parar de incentiva - la a me chamar de Mamãe - me despreguiço sorrindo.

- Vamos Vida, levante.

E eu estremeci. Como posso ser a vida dele,se ele não é a minha vida? Cada dia mais ele vai se aprofundando em algo que eu não posso exercer,eu mal posso segurar minha vida, e imagine a dele? E eu fico muito confusa com isso, porque me vem a cabeça a todo momento: O que seria da vida dele se tudo acabar?

- Maycon,não estou bem para levantar.

- O que foi? - Suas mãos tocam meu cabelo bagunçado. E eu começo a chorar. - O que foi querida?

- Eu sinto falta dos meus pais. - Soluço.

- Eu sei querida. - ele me abraça.

- Mama - Clara exclama.

- Ela falou. - fico boquiaberta. Secando as lagrimas que estavam escorridas.

- Ela falou mamãe. - Ele comemora.
- Diga novamente Clarinha.

- Eu vou te matar Maycon. - Sorrio a pegando no colo para comemorar.

Mesmo com a ideia feita de que a Clara não é a minha filha, ela sempre faz parte de mim. Ela sempre fará, mas eu a amo tanto, que talvez seja como uma mãe mesmo. Eu e a amo muito.

Mas, e ideia que está na minha cabeça, é que estou ocupando o lugar dos meus pais. E isso não é certo,sabe?

- Agora você não tem mais motivos para ficar nesta cama.

- não mesmo. - Levanto animada.

Não a nada melhor do que finalmente entender quem você pode contar.

- Sabe Maycon, eu não me sinto suficiente. Eu não acho que eu sinto por você, o amor que eu deveria sentir. - Ele suspira forte.

- Para ser amor, não precisa ser recíproco quando temos a pessoa ao lado. Mas, eu queria que você me amasse, sabia?

- Eu também queria te amar, eu queria muito sentir todos os sintomas do amor e da paixão, você me entende?

- Não.

- Eu não sinto nada Maycon, estou libertamenta envadida pelo vazio.- dou de ombros, eu sinto muito.

- Mesmo assim eu continuo te amando.

- Você vai desistir de mim ? - Questiono.

- Só se eu ver que não dará certo, mas ao contrário, ficarei até o final.

Tomamos um maravilhoso café da manhã,em família, como ele mesmo diz. Seus olhares eram os mesmo intensos, e eu sustentava sempre a ideia de que eu o amaria, eu gostaria muito de ama - lo, ele é incrível. E vou fazer o possível, para que a gente crie uma família. Clara,adora o Maycon, e isso faz com que meu coração fique pequeno.

Mais tarde, recebi uma mensagem do senhor Levine. Ele me disse que seria o melhor dia para estarmos juntos, no Natal. Eu estava incrivelmente animada para conhecer sua família.

Coloquei meu vestido de seda,meu coturno e uma casaco de Puff. Aquele que estava guardado no fim do guarda roupa, exatamente aquele que eu usei quando Austin Disse a primeira vez que gosta a de mim, me lembro enquanto me arrumo.

Arrumei Clara feito uma princesa. E fui.

Meu coturno estava apertando meu pé,parecia que eu estava sentindo o chão frio. A casa tinha um portão imenso, que fez que eu entrasse até a entrada principal, e descesse com Clara ao colo. Eu estava me sentindo desconfortável, no meio de tanto gente bem vestida e delicada, estava dentro de um Império por bem dizer. Meus cabelos estavam voando ao vendo, mesmo com a toca cobrindo toda a parte da minha orelha, e Clara estava muada por conta do frio que estava avendo. Cumprimentei alguns convidados, mas eles não faziam ideia de que eu era, Maycon chegaria logo em seguida, por conta de resolver algumas coisas, que eu não sei qual.

Quando entrei na casa aquecida, todos me recebiam muito bem. Eu ainda não tinha avistado Levine, mas logo foi atacada por crianças que queriam brincar com Clarinha, eu me abaixei sorrindo, enquanto os olhos aos redor ainda estavam em mim, e deixei eles passarem as mãos nela.

Quando uma mão tocou os meus braços, e eu conhecia aquelas mãos muito bem.

Meu estômago se apertou, meu coração desparou e eu senti um frio intenso subir pelo meu corpo.

- Mariah! - Fiquei olhando encredula de plano baixo, enquanto me esforçava para que as crianças não atingissem Clara.

Fui me levantando parada, enquanto meus olhos se esforçaram para acreditar no que estava vendo. Meus olhos começaram a se marejar. Ficamos ambos parados e pensando muito durante alguns segundos. Fazia muito tempo que a gente não se via desde que tudo deu errado.

Era o Austin,bem a minha frente. Um pouco mais magro,pálido e os seus cabelos perfeitamente penteados. Sei terno valorizava seu corpo, e estava bem longe de ser aquela garoto bonito com cara de sujo.

Um caleidoscópio de memórias bateu na minha mente.

Eu gostava quando eu ficava muito tempo calada, sentada naquela cama bagunçada, olhando para aquela comoda perfeitamente arrumada, e ficava pensando em quanto somos perfeitos e infinitos. E ela sempre a incomodava com o silêncio, ele dizia que matava ele, e ela pagava pelo meu queixo perguntando - O que foi meu amor? E eu gostava daquilo, eu gostava muito. Eu nunca tinha conhecido um cara antes que me conhecia tão bem como ele. Que sabia que até mesmo dentro dos silencios o que eu estava sentindo. Sabe, eu nunca tive papo daqueles, até mesmo com Maycon, como eu tinha com ele. Eu gostava de ouvir a voz dele, ainda mais quando ele dizia que eu parecia uma pessoa que ele conhecia a muito tempo. E quando ele falava, calma, você esta triste, está tensa, vem cá, e me fazia deitar a cabeça em seu ombro confortável, e me fazia pensar além daquelas coisas que prendiam a minha cabeça. Eu gostava tanto quando ele passava as mãos na nuca,e depois as secassem de suor na calça jeans preta e rasgada. E eu dizia para ele - Querido, você parece tão legal. - E meu coração parava de funcionar por alguns segundos. E nossos olhares se cruzavam, e tinha um brilho intenso naquilo, e ela era exatamente a pessoa que eu estava procurando desde que nasci. E ele era a pessoa mais importante da minha vida.

E as lágrimas caem. Eu tentei colocar ao lugar, mas era tarde demais. Elas já estavam a tona. Foi como uma cena e fluxo lento. Ninguém se movia, e eu estava me pergunto, por que ainda sou tão frágil?

- Aus-tin? - guaguejei.

- O que você esta fazendo aqui? Você está tão linda. - Aquela voz tinha o tal efeito sobre mim. Meu coração desparava forte quanto o tempo, eu estava bamba, não estava aguento segurar Clara. -
Que linda.- Ele coloca a mão em Clarinha, e ela fica emburrada.

Senhor Levine chega.

- Vejo que ja estão se conhecendo. - Meu coração fica desparado contra o tempo. Estou bamba.

- Aí, Levine, toma. -
Entrego Clara nos Braços dele e ele a pega com afeto. Enquanto estou tremendo. - Ai como é bom te ver novamente. - Digo o abraçando. E Austin mantém seus olhos pousados em mim, ele também está atônito tanto quanto a mim.

- Calma querida. - Ela tenta me acalmar. - Esse é o meu filho, Austi...
- Austin o corta.

- Pai! - Essa voz acaba comigo. - Eu conheço a Mariah.

- Mama. - Clarinha pede meu colo, e uma lágrima cai novamente. Eu a beijo.

- Senhor Levine é seu pai?

- Eu correspondi com a cabeça.

- O que está acontecendo aqui? - Senhor Levine pergunta incrédulo.

- É ela pai. - Ele fala de mim, e senhor Levine me olha incrédulo.

- Querida,ele não faz aquilo..- Ela tenta me acalmar mais nada me faz. Eu preciso sair daqui, estou tremendo feito uma vara Verde.

- Vamos conversar lá trás.

Fomos para os fundos de casa, um tipo de Jardim reservado. Era muita informação para minha cabeça, eu conhecia o pai do Austin esse tempo todo,e não sabia disso. O Austin ainda não tinha me esquecido isso era fato, mas tudo que eu queria naquele momento, era esquece - lo, era odia - lo. Eu queria perdoa - lo.

Clara ficou com Alice, que por sinal é irmã do Austin, aquela menina do aeroporto. Era a tal Alice que é irmã. Eu não me importei, ela é uma Boa pessoa.

- Então, quero começar falando.-
Elas concordam com a cabeça. -
Austin, nunca pensei que eu fosse te ver novamente, confesso que de início eu não queria te ver nem pintado de azul. Mas, depois, e saudade que eu sentia por você, quase queimava meu corpo vivo. Eu te amava muito, não tinha dúvidas disso. - Minhas lágrimas caíam inscontantemente.

- Eu também Mariah.

- Mas, tudo que aconteceu foi forte demais para mim. Você estava se drogando demais, estava agressivo demais, e eu entendo o porquê você fez aquilo.

- É exatamente isso que eu quero te dizer,eu não fiz aquilo Mariah.

Engulo em seco.

- Não?

- Mariah, o Austin não matou a senhora Baker. - Engulo em seco. Eu queria gritar, queria acreditar naquele mentira, mas estava tudo cravado.

Suspiro forte.

- Mesmo assim, Eu te perdoo Austin. Eu perdoo o seu pecado. Eu perdoo você. - Eu sento naquele banco, e começo a soluçar. Eu estava de frente a pessoa que estragou tudo, mas que seria capaz de me curar a tudo. Mas, eu não conseguiria viver com uma pessoa que matou quem eu amava, e a vida não é como um vídeo game, eu dei tantas chances ao Austin.

- Vou deixar vocês sozinhos. Acredita no Austin Mariah, ele não estaria mentindo na situação que ele esta.

E está sozinha com ele foi, eu estava instalada naquelas feridas que doiam e insistiam a não se fechar. E está de frente a ele, com essa cabelo cortado,essas maos suadas na calca. Doi, sangra e se abre ainda mais. E as lágrimas surgem inesperadamente, e está perto dele, só me causa um tempestade de lágrimas e tristezas. Tristezas por causa daquela terrível morte, tristezas porque eu o amo, e sei que só conseguerei ama - lo para sempre. Ele tem amor que criamos, não serviu para nós, foi apenas uma doença da nossa cabeça. Mas, é exatamente esse amor que seria capaz de me resgatar, de criar Clarinha.

Ficamos ambos parados em silêncio. Meu punho estava serrado apoiado na bochexa,ele esta ainda com suas mãos suadas sobre a coxa, com a cara seria, triste e vazia. Faltava alguma coisa no meu Austin, ele estava bem mais magro. Será que eu fui a culpada disso? Meu coração estava a mil por hora, quando ele quebrou o silêncio.

- Mariah? Você se lembra quando eu dizia que eu duvidava do nosso amor? - Concordo com a cabeça. Não conseguia olha - lo naquele momento.

- Eu duvidava porque uma hora eu sabia que você iria embora, e me deixaria sozinho. - Engulo tudo em seco.

- Austin, eu jamais teria ido embora se aquilo não estivesse acontecido, você esperava o que? - me altero. - Esperava eu ir correndo para casa, te pegar chorando, te abraçar e fingir que nada estivesse acontecendo?

- Sim, eu esperava que você voltasse para casa. Eu espera que você me escutasse, escutasse que eu recebi uma merda de uma mensagem dizendo que vocês estavam em perigo. - Ele se vira e está chorando. Como eu também. - Eu esperava que você me escutasse, e não ter dito todas aquelas coisas, que me ferem até hoje.

- Austin, Então você não matou a senhorita Baker?- Estou tremula, ele sabe o afeito que causa sobre mim.

- Não,Mariah. - E naquele momento eu começo a chorar. Eu estraguei tudo por conta das ilusões da minha cabeça? Se não foi ele,quem foi? Por que isso tudo está acontecendo comigo. Estou de cabeça para baixo.

- Eu te amo tanto Austin. - E neste momento nossos olhos se encontram, e meu coração despara. - Mas,não há nada que eu possa fazer.

- Eu nunca conseguirei colocar um ponto fim no que eu sinto por você.

- Eu queria que estivesse sido fácil. - Analiso cada ponto dele que sinto saudades. Daquela pinta nos lábios, do gosto, do cheiro. Do jeito. - Desculpa! Por ter nos causado tudo isso. - bufei.

Estou aos prantos.

- Lembra do que ja fomos? Claro que lembra. Não sei como fomos nos perder no tempo, não sei. - muda de assunto.

- Eu me sinto tão pequena,eu ainda estou aprendendo a amar. Acho que éramos muito jovens para o amor.- ele fica em silêncio. - E qual é a situação que você esta?

-Ah,não importa. -Ele deu de ombros encarando o chão, e eu insisto. - Minha doença ja atingiu minha face interior, tenho pouco tempo.

Ele me apavora.

- O que? - Me ajoelho ao chão e berro. -Que doença maldita é essa que Você nunca me disse, Austin? - Está doendo mais que o normal. Meu peito está em nós.

- Quando eu tinha 6 anos, fui diagnosticado com uma doença rara,que afetaria minha audição, e principalmente minha respiração. Vivo no hospital Mariah, naquela época, eu não estava tomando os remédios e isso foi pior para mim.

Meu coração está desparando alto. Estou incredula, minhas palavras não saem.

- dro - ga! - Eu precisava fazer isso. Eu precisava.

Eu corri para cima dele, eu não estava aguentando aquilo. Eu precisava beija - lo e senti - lo em mim novamente. Eu estava bamba, estava como medo de perde - lo, e eu o beijava com urgência. Eu não pensei nenhum momento que estava fazendo a coisa errada com Maycon, ou que tudo aquilo era estranho demais. Minhas mãos eram engenuas ali naquele corpo e ele correspondeu, algo que eu achei que não fosse acontecer.

E aquilo me faz eu me lembrar daquele certo dia, que ele se sentou no sofa e sentei em seu colo ja sentindo seus lábios colidarem com os meus. E ele sempre fazia aquilo, descolava nossos lábios, e me olhava, me olhava profundamente e confesso que aquilo me deixava tão mole, como nunca antes. Eu sempre queria poder dize - lo o quanto ele me dava tensão,emoção, o quanto ele tem o controle sobre mim e sobre meu corpo magro. E o quanto eu estava frágil ali no colo dele.

E eu sempre queria dizer mais e mais, costumava a dizer que falo demais, e ele me dizia que eu dizia tanto tudo o que ele queria ouvir, e isso me deixava muito contente.

E eu sorria entre o beijo e entre de costume, ele sempre me dizia:

- Eu te amo mais que a mim mesmo.
- E eu sorrio sem mostrar os dentes, está doendo demais para dizer algo. Beijo seus lábios interior.

Sorrio com violência, que demostra minha alegria.

- Não consigo entender porque fiz isso com a gente. - Choro no colo dele, e o aperto com violência. - Eu te amo com todas as minhas forças.

- Eu também, eu também. -Eu queria ficar ali no colo dele, mas ir é obrigatório. Eu não posso ficar agora, mas eu volto, eu voltarei sempre. - Fica comigo. - Ele sussura e estremeço.

Eu estava desmontada naquele momento, mesmo que quiséssemos nada seria como antes. Talvez nem eu iria ser como antes. Eu tenho uma pessoa para criar agora, é tudo diferente.

- Não consigo acreditar que seguiu em frente... Está casada, cheguei a pensar que Clara era sua filha...

- meu amor, eu tive que seguir em frente na marra. Perdi meus pais, minha melhor amiga contou para os pais sua sexualidade, e a única coisa que sobrou em mim foi ela. Ai, Maycon...

- O que? - Ele fala com agressivida.
-Mariah, diga que não é o Maycon Mariah. - Ele me tira do seu colo. E fico mobilizada,estou tremendo. Enquanto ele coloca aos mãos na cabeça com os punhos cerrados. - Já não bastava eu te perder, ter te perdido para ele foi a pior coisa que escutei hoje.

E é nesses momentos que eu vejo, que preciso entrar em processo de desintoxicação dele. Esse meses todos estou tentando desapaixonar dele e partir para outra,como estou fazendo com Maycon. Estou fazendo isso aos poucos, quer dizer, estava. Ainda não estou preparada para tira - lo da minha cabeça, porque ele é melhor parte de eu me lembrar. Eu sempre estou indo com calma, mas nada me machuca menos do que ficar longe de dele, desses seus lábios, e desses malditos punhos serrados. Eu acho que eu realmente deveria tira - lo dos meus pensamentos, para talvez seguir em frente. Mas, eu não consigo.

- Me rasga o coração, saber que você pintou e cortou esse seu cabelo,que não sofre como eu, já tem um novo amor e tenta me esquecer. - Seus olhos estão marejados quando os meus. Ele bufa em meio as palavras, enquanto eu pressiono meus dentes sobre os lábios para não chorar.

- Ele me ajudou a superar tudo isso, Austin. - admito.

- Tudo bem Mariah. - Ele me puxa pela cintura. Aproximando todo seu corpo em mim e nossa boca se colidam. Mas, ele não me beija, nosso nariz fica ligado, suspiro forte sentindo o barrulho forte da sua respiração. Meu coração está desparado forte e o dele também. Ele liga nossas mãos, e eu correspondo. Nossos olhos estão focados uns aos outros, acompanhado por nossa respiração desajeitada. E eu estava apaixonada e com medo de perde - lo naquele momento. E ele sussurou. -Se estou com você,droga, eu não quero estar com mais ninguém. -E nos beijamos. Ela explorava toda a parte da minha boca, enquanto aperto seu corpo para bem junto ao meu.

Meia noite.

Meu coração despara. Provavelmente Maycon esta me procurando, e Clara está aos berros. Mas, eu precisava desse momento, como eu precisava.

- Feliz Natal ,Austin. -
Digo em meio as lágrimas e o agarro com força. - Faça um pedido.

- Você. - E eu não amava mais ninguém, quanto eu o amo.

Meu pedido é que ele se recupere, que essa doença seja apenas uma mentira. Que meus pais saiam da prisão. Que Maycon encontre alguém para amar ou até mesmo eu aprenda a ama- lo, e Clara viva comigo para sempre.

- Feliz Natal, meu amor. -Ele aperta meu corpo contra o seu e me beija intensamente. Ambos estão interligados. Um choc causa em nosso corpo, e naquele momento estávamos completos.

Capítulo 17

Mariah

Estamos bem mais juntos. Maycon é um querido, trata Clara como uma filha. Mesmo eu encravando a ideia que tenho que me distanciar,porque Maycon pode acabar se apegando a Clara, e querer nunca mais sair de perto de nós.

Eu gosto muito dele, mas vejo que somos mais amigos, a que namorados, pelo menos da minha parte.

Estou curtindo ele,não posso dizer que estou apaixonada. Além dele cada dia indo me ganhando mais, e me mostrando, esse tal amor, que existe.

Eu ainda não me sinto confiante.

Nós estávamos saindo de viagem para Paris, eu finalmente o convenci.

Quero muito ver Duda, e abraça - la, e dizer que eu estou superando. Superando toda essa barreira.

Nem um sinal de ninguém. Foram 2 semanas em Londres,e nem vultos eu via daquelas pessoas que estavam sempre comigo.

Dei um beijo rápido no Caio, estava com saudades daquela lanchonete, e chorei. Chorei porque sinto falta de tudo. De quando eu trabalhava lá.

Tudo passou.

Maycon estava fazendo planos sobre nosso futuro

Maycon - Clara irá estudar na melhor escola de Paris. - Ele diz carregando algumas caixas, e eu sorrio. Enquanto checo meu passaporte.

Mariah - E iremos nos casar numa igreja incrível. - Tento imitar sua voz. Mas sai engraçado. Ele esta cansado de dizer isso. - Mas, quem disse que irei casar com ele, né Clara? - Olho para Clarinha que está no carrinho, e ela sorri para mim, mostrando seu mais novo dentinho.

— Claro que vamos. Aí vai ser, Mariah Miller. - Nós brincamos. Mas, sei que Maycon disse sério.

Esta fora de cogitação casar com alguem que eu não amo.

Isso me causa arrepios.

Estou me sentindo uma adulta de verdade. Não sou mais aquela garota rebelde e mandona. Agora sou uma mulher responsável, que cuida de uma garota bem Bagunceira... E está prestes a perder o sonho de ser uma grande bailarina.

Meu estômago se revira.

Que saudades daqueles desejos. - suspiro forte, fechando minha bolsa arrumada.

E meu telefone tocou.

— Alô. - Estava pensando em português, que minha mente foi diretamente para o Brasil. Acho engraçado quando Maycon me fitou.

E nossos sorrisos se encontram.

Digo.

— Desculpa. - digo. - Hello.

Maycon está rindo da minha cara, e controlo rindo abafado.

— Está falando palavras no país errado.

Ninguém responde no telefone.

Ele continua rindo, e começa a girar o carrinho até a porta. Aquela roupa descolada, dava um constraste em seus braços largos e seu corpo definido.

— Fica quieto, querido. - Digo, enquanto dou uma boa olhada nele.

— Hello? - Quebro o silêncio.

Merda.

— Amor, ninguém responde. - Murmuro. Enquanto vou colocando minha bolsa marrom , que está combinando perfeitamente com meu tênis branco e um short com um rasgadinho e minha blusa de bolinha.

Diga algo.

— Vamos meu amor, nossa pequena ja esta estressada. - Maycon exclama sorridente, enquanto vai saindo pelo porta.

Estou tão feliz por te - lo. Saio andando. Já desligando o telefone.

— Então,você que não quer me responder. Tenho que desligar, tenho um viagem de negocios para fazer, como diz o meu maridão, e uma filha para criar e dar mama. Atenciosamente, Mariah Fel.. - Digo sarcástica. Indo até ele, e dando um beijo na sua boca carnuda.

— Miller. - Ele completa e desligo o telefone. - quem era?

Mariah - Não faço ideia. - checo o DDD - DDD de Paris, Maycon. - Me intrigo. - Deve ser a piranha da Duda, Mau sabe ela, que estamos chegando. - Digo animadinha, mechendo nas mãos de Clara que está emburrada.

Quando chegamos em Paris,me surpreendi vendo o policial,exatamente aquele policial que me ajudou com a Guarda da Clara,e corri até ele.

Mariah — Senhor Levine. - gaguejei.

Levine — Mariah?! - Ele está supreso,tanto quanto a mim. E eu o abraço forte.

Maycon vem com a doce Clara.

Levine - o que vocês estão fazendo aqui?

Maycon - Agora... Morando. - Eles se cumprimentam.

Mariah - Devo tanto ao senhor por ter me ajudado. - penso em chorar. E ele pega Clara no colo,como se fosse aquele dia.

Levine - foram muitos anos de busca. Já estava exausto,agora é a hora de voltar para casa. - Ele suspira forte. - Eu sinto muito querida, ele me fita.

Mariah - Queria também estar indo para casa. - Meus olhos estão marejados. - Queria meus pais.

Levine - Agora, a Clara é a sua casa. - Ele diz, e começo a chorar nos seus braços.

Era confortável esta ali, porque ele estava comigo naquele maldito dia, mesmo sendo um policial, Ela teve afeto,empatia por mim.

E ele me abraçou mais forte contra o peito dele.

Maycon ficou me olhando sem reação,enquanto eu apertava Clara e Levine.

Mariah - Eu espero te encontrar um dia querido ,Levine. E poder te agradecer de alguma maneira. - E sorrio

Levine - Esse sorriso ja foi gratificante, querida. Mas, quero que você vá a um jantar na minha casa. - Ele beija minha testa e da Clara e a entrega para Maycon. - Toma meu número. Nas proximas semanas quero dar um jantar de boas vindas. - sorrio animada.

Agora preciso ir, minha filha esta me esperando. E estou morto de saudades.

Fiquei olhando para ele, até que sua imagem desaparecesse.

Mariah - Eu me sinto em casa perto dele. - sussuro. - Eu amo aquele policial.

Maycon - Mariah, você esta me deixando inciumado.

Mariah - Não é isso. É como se houvesse mais de tudo isso nele, sabe? - sussuro. - E seguimos rumo a minha mais nova casa.

Austin

Barulhos. Muitos barulhos. Até pensei que fosse a minha mente pertubada, e o debulisador, mas não. São os pastoriais gritos da mamãe. Ela estava esterica gritando lá em baixo, imagino que seja por causa daquele seu ex namorado canalha, ou não sei o que.

Eles gritavam e partiram a chamar meu nome. Meu estômago se revirou, eu não queria descer para escutar mais uma das reclamações da mamãe, mas o barulho estava tão alto, que abri a porta espantado.

O corredor parecia longo pelos gritos da mamãe. Cheguei pela escada e gritei.

Austin - Mãe, a senhora é maluca? - grito.

Quando.

- Eu estou ficando maluco, Mãe. - Grito. - Mãe - grito com força. Enquanto meu coração parece marteladas. Ajoelho no chão, e dou socos no meu corpo. - Para de ser assim, Austin.

Meu corpo ferve pelo calor, e meus olhos queimam pelo o que estou vendo. Cada dia acho que estou mais alucinado. Minha perna não aguentou em pé, e se debruçou naquele chão gelado e vazio. A escada era logo a minha frente, eu poderia ter saído rolando,mas eu não o fiz. Só queria ver mais daquilo, e gritar.

Austin - Eu não quero mais. - Grito bem alto. Olhando a pessoa que eu mais amo no mundo.

Levine - Austin. - Aquilo doia. Doia muito. Esse voz, a voz que eu pensei que nunca mais escutaria.

Austin - Estou chorando aos prantos, enquanto eu queria acreditar que não estou numa das minhas alucinações. - Mãe, eu quero ir para uma clínica. Estou louco.

Levine - Meu filho, sou eu seu pai. - E minha boca se seca. Eu agarro o corpo do meu pai,e aperto com toda as forças do mundo. Um caleidoscópio de memoria reaparece, o cheiro que eu tanto amo. Meu pai, o abraço pesado, estava bem na minha frente.

Depois de minutos deitado, chorando naquele abraço. Tentando me reeguer, eu consegui olha - lo.

Austin - Pai. - Guaguejo. - Por que senhor me deixou? - puxo o ar. Estou o perdendo.

Levine - Eu nunca te deixei. Apenas tinha que prender as pessoas que tiraram sua irmã de mim. - Estou encredulo. Quero conseguir entender, mas nada se encaixa.

Austin - Eu sofri tanto. Estou sofrendo tanto. Olha para mim. - Digo aos berros.

Levine. - Você cresceu, é um homem lindo, meu filhão. - Meu pai diz em meio as lágrimas também, e isso acabou comigo.

As crianças coxixam não entendendo que é o pai deles, mamãe e Alice estão paradas. Sem se movimentar. E posso ver as lágrimas se corregarem.

Austin - Estou tão feliz. Nunca fiquei tão feliz em toda a minha vida. Em todos os dias querido,pai. Eu te amo com todo meu coração.

Aos poucos me acalmei, mas a vontade de ficar perto dele, e saber sobre tudo era incontrolável. Eu estava feliz demais, parece que nada mais importa, nada.

Agora, estou mais forte e recuperar o passado que envolveu Mariah,seria a melhor coisa. Eu não preciso me importar mais.

Meu pai está de volta, a carne que me sustenta e sustenta meu coração está bem aqui na minha frente.

Levine - Tudo começou quando, sua mãe teve uma filha,mais velha um pouco que minha linda Alice. Então, nós perdemos a criança pouco antes de Alice nascer. Olivia, Ela tinha 2 anos, quando ela desapareceu num parque que brincávamos. Fui em busca de ajuda, mas nada e ninguém nos ajudou. Quando em meio a muitas buscas e procuras, descobri quem realmente estava fazendo isso a anos, e escondendo de todos, principalmente das pessoas de dentro de casa. Eu tive que te deixar Austin, porque eu sabia que você já estava bem, já era garotão. Eu precisava saber da Jasmim, eu precisava fazer justiça de quem a tirou de nós e prende - Los. Mas, a vida de vocês também estava em risco. Então eu tive que mentir, eu tive que ter um atestado de óbito. Eu tive que dizer que existia um suposto atestado de óbito, mas agora estou aqui. Eu sinto tanta felicidade. E eu quero que saibam, que tudo que fiz foi por amor.

Meu estômago se devorava a cada palavra, eu só sabia sorrir. Independente do que meu pai dissesse, não importa o passado. Eu quero fazer um novo começo, eu estou tão feliz, tão realizado.

Não importa o que tenha acontecido. O que importa é que o meu pai está aqui. Ele é tudo que importa para mim.

Os dias ficaram impecáveis, eu estava transbordando. Era tudo fantástico. Mesmo com as mensagens diárias do Daniel não era chato, As ligações de Bruna não estavam chatas, a ausência de Maria não estava chata.

Minha casa, o lugar que eu mais detestava. Estava perfeita assim. Flórida.

Até na piscina eu entrei, mesmo correndo risco, eu entrei.

Estou ganhando o mundo com meu pai ao meu lado.

Eu passei a sair do meu quarto, ver coisas que eu não via antes. Porque o meu mundo faz sentido hoje. Eu não quero que seja momentâneo, realmente não.

- Pensamentos longe.

- Calmaria.

- Eu te amo, garoto.

- Eu te amo mais, paizao.

- Como está o tratamento.

- Cansativo, queria pode fazer o que eu fazia antes, ia te mostrar as aventuras já fiz.

- Conta uma delas.

- Me apaixonei.

- A o amor passou na sua porta.

- Passou. Mas, nem queira saber do final.

- Já teve final? Amores adolescentes.

- Não foi um simples,amor adolescente. E o pior,que estou sujo em Londres.

- Como?

- Me incriminaram por algo que não fiz.

- O que disseram que você fez?

- Matei a senhora que minha ex namorada cuidava. Isso é de partir o coração.

Expliquei tudo.

- Você tem que limpar essa barra. Meu filho não pode ser procurado por algo que ele não faz.

- Só não fui preso ainda, porque ela sumiu, e nem quis saber. Se não, provavelmente eu estaria morto.

- morto? Não digo isso jamais.

- É pai, e doença ja atingiu minha face.

Suspiro forte.

- Alice, que não sei como, descobriu sobre tudo. E foi me buscar.

- Eu vou te ajudar nisso. Vamos procurar essa garota.

- Não.

- Sim.

- Acho que se eu ve - la vai ser pior para mim.

- Por que, meu filho?

- Ela já está casada e com filho. E eu ainda a amo

- Não brinque. Vadia. Você não escolheu bem a quem amar.

- Antes eu achava que eu tinha escolhido certo. - dou de ombros. - Agora, estou saindo com minha ex namorada. Bruninha, o senhor vai conhece - la, numa dessas oportunidades.

- Claro, vamos dar um jantar de boas vindas. Quero reencontrar uns amigos.

- Uma otima.

- irei chamar uma amiga,que você vai gostar de conhecer.

- Gostosa?

- Linda. - ignorou. - coitada. Foram os país dela que foram presos.

- E o que aconteceu com elas?

- Sorte que ela já tinha 18 anos, e assim, eu e ajudei a colocar a menina no nome dela. E a menina é muito apegada a irmã.

- Isso também me faz lembrar dela.

- Tudo te lembra essa garota?

- Tudo me lembra. Eu sinto falta dela.

E todos os dias, eu pensava na mesma coisa. Na saudades que ela me faz, em tudo que passamos,ou em todos os nossos planos. E vejo que tudo passa. nós mudamos e nem sempre o amor que planejamos, será cumprido. Eu fiz muito para que desse certo, mas o mundo apenas me veio com pedras na mão e me afastou da pessoa que eu amava. Me afastou dos planos que fiz. E a escuridão que eu encaro, só me mostra que tenho, que devo, que preciso seguir em frente. Com amor ou sem, eu preciso encarar essa vida, voltar a ser eu, enquanto tenho tempo. Enquanto a doença não me abdusiu por completo, e não me levou para longe. Não é que eu quero esquece - la,mas eu preciso. Eu preciso virar a página, até mesmo para conhecer um novo amor, uma nova razão para sorrir.
E entender que o para sempre existe, naquele momento, aqueles momentos que passamos juntos sim eram eternos, mas eles foram embora como o vento. Com todas aquelas lembranças, como todos os beijos e os toques. Eu não sei se algum dia eu a verei novamente,mas se possível,Sei no momento em que eu me veja amadurecido. Estou tentando a entender, tentando engulir porque seu desespero, mesmo não acreditando em mim, e ter encontrado outro e já te - lo chamado de amor. Fico me pergunto se tudo aquilo foi suficiente, mas eu sempre recebo a mesma resposta: O silêncio. Eu sei que esse amor que esta cravado dentro do meu coração não vai passar tão rápido, não é simples assim, pelo menos para mim, apagar uma história linda que tivemos juntos. Apagar as incontáveis estrelas que eu admirei pensando nela,e com a ideia feita de que, enquanto as estrelas estiverem brilhando, e eu estiver contemplando o mesmo céu que ela, eu não poderia me sentir infeliz. Mas, a ideia de saber que ela esta sendo tocada por outro cara me mata. Me faz ter febres e me deixa nervosa, ela foi a primeira garota que gostei de verdade e quis algo a sério, que quis gritar para o mundo o quanto eu gostava dela. E eu odeio aquele cara, quaalquer tipo e pensamento bondoso ou maldoso que ela tenha por ela, e isso me machuca mais que tudo. E isso não é interessante. Enquanto em tempo dizer para mim mesmo que é ilusão, mas depois me pago afogado sobre o travesseiro, chorando lágrimas que não querem nem mais cair.

Por que nós não cumprimos a promessa que estaríamos juntos para sempre?

A dor sempre é a protagonista da história, você já reparou isso?

Pelo menos na minha vida, ela sempre foi a personagem principal. Me tirou todos os vínculos de amor, ou uma felicidade que talvez nem existiu. A dor sempre faz questão de viver e persistir na minha vida, como se ela fosse a minha mochila favorita. Eu sabia que era estranha toda aquela felicidade com Mariah,por isso que eu tinha dúvidas, medo de perda - lo. E isso tudo vai me alimentando pouco a pouco, e o pior de tudo. É que eu sinto saudades dela, saudades do gosto dela, e daquela voz.

Hoje eu apenas sinto um aperto no coração, com a ideia feita, e como seria se ela estivesse aqui? Como meu quarto estaria bagunçado ou quantas doses de bebida beberiamos. Ou ela estaria cuidando de mim com suas delicadas mãos.

Tudo foi tão imprevisível. Acabou sem ao menos eu dizer adeus.

Agora a felicidade me contamina de outra forma, meu pai, a surpresa poderosa. Eu nunca imaginaria que isso poderia acontecer comigo, até que aconteceu, ele está de volta como se nunca estivesse ido. É uma volta ao passado que te faz remeter somente sobre as coisas boas e familiares. Eu nunca estive tão junto da minha família como agora. Julgava esse Império como inferno,mas o inferno sempre foi a minha cabeça.

Não havia nada de errado com essa casa ou com essa família, apenas meu coração que pedia salvação todos os dias. E eu achava que as drogas seriam a salvação, mas foi o fim do abismo.

Agora estou em casa, com tudo que há de melhor em mim: Meu pai, minha mãe, minha família.

E vou fazer o possível para deixa - Los orgulhosos, mostrar para eles, que ainda não é o fim, que vou superar essa doença, que esses medicamentos serão isolados da minha vida, que talvez um dia estarei salvo.

Marlla Felisarda

Quero agradecer a Deus por esses momentos de escrita. Independente do que for, e minha vida foi muito melhor é saudável com todos esses textos, por mais bizarros e clichês que fossem, fizeram uma mudança magnífica na minha vida. Eu primeiramente, faço isso por mim, pelo meu bem estar, por essa presença e por esse presente para mim mesma no futuro. Escrever não é apenas escrever, escrever é crer, e por no papel uma coisa distinta da realidade que você vive. Eu agradeço a Deus por essa vida e dos meus irmãos. Meu capítulo 17.

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Capítulo 16

Austin

Era exaustante esta novamente no hospital, era como se eu estivesse encarando um dos meus pesadelos mais horríveis,era o xilindró da morte. Esse sangue que corre as minhas veias,e essas máquinas que tentam fazer com que eu respire, só me deixa mais exatasiado.

Ou morrer ou sair daqui, essas são as únicas saídas para me deixar bem.

Sentir falta de ar, não doi tanto quanto uma dor de um coração partido e apertado. Essa cama hospitalar, e essa máquina que faz esse barulho ingrato, me deixa com mais vontade de gritar aos céus,mas juro que estou aprendendo a ser um bom garoto, quer dizer, tentanto.

A Bruna todos os Santos dias me visitar,ainda mais depois que eu a dei um beijo dentro do meu quarto,e nada foi tão estranho quanto beija - la novamente. Eu admito que estou gostando dela, e dessas coisas exatas e impopulares que ela faz, mas engulo em seco, as vezes que vejo Mariah no rosto dela.

Devo muitos agradecimentos a ela. Mas, eu não consigo idealizar muito. Não quero nada a sério,e nessa momento só consigo pensar na minha morte, eu confesso que eu queria poder fazer essa dor de não respirar e estar escutando pouco, se evaporar. Quer dizer, 7 meses depois, já deveria ter passado qualquer tipo de dor que existe.

Eu não sei, acho que me afundam muito. E voltar para casa,e causou mais o falecimento interno.

Meu caso piora a cada dia, chego a pensar que eles não vão ter um diagnóstico concreto para essa minha doença.

Escutei os médicos dizendo,que a minha doença esta atingindo o lado mais forte da face, eu tenho jeito, mas tenho que cuidar.

Fiquei muito tempo deixando minha saúde de lado,as drogas consumiram meu corpo de uma maneira , e estou indo de mal a pior.

Nos dias que eu estava em casa, olhando para o meu teto perfeitamente pintado. Pensei em procurar meu antigo cartão de memoria, já que troquei de celular e de número, minha mãe de isso de imediato.

Coloquei no meu celular, e comecei a chorar. Lá estavam as lindas e belas fotos de Mariah, e nossos vídeos engraçados cantando, e nossas batatas, e o modo que ela me encarava. Confesso que eu já tinha me esquecido disso, foram muitas coisas boas, mas só conseguia me lembrar das ruins.

E escutar a voz dela, foi chocante para mim. Ela era tão doce, tão menina. A voz dela não era uma voz estúpida ou encredula. Era a voz da minha Mariah, a voz do meu amor que foi embora, com tudo, com tudo de ruim que me restou.

E lá estava o número dela,aquela maldita foto com o numero que ela deixou escrito num papel, no dia que ela me conheceu. Ela estava tão estressada naquele dia, e eu estava com tanto medo de perder aquele número, que tirei uma foto, e ela continua aqui. Intacta.

Por que não jogo esse cartão fora? Por que insisto em persistir na dor?

E quando percebi, eu estava teclando cada número no meu celular, era irresistível essa minha vontade de escutar aquela voz, pelo menos uma vez, ou a última se possível.

Mas, eu estremeci. Minhas pernas ficaram bambas no momento, meus dados dormentes, como se algo disesse para que eu não ligasse. E eu não fiz, até porque Alice entrou logo em seguida, e me abraçou preocupada porque eu estava aos prantos. Inconformado com essa minha fragilidade.

Mas, hoje sobre esses aparelhos que deixam dormentes, eu queria ouvir sua voz. Queria pelo menos dizer para ela, que estou doente e talvez morrendo.

Para ela me escutar, e mesmo não acreditando em mim, para marcar minhas palavras.

Duas semanas depois eu saí do Hospital.

Eu estava melhor, apenas teria que ficar em observação o tempo todo. E era horrível aquilo tudo. Horrível.

Foi quando eu fiquei sozinho, e meu celular me fitava. Eu sabia o que eu queria fazer, eu sabia que eu queria, e deveria ligar para minha garota.

Já estou mais magro do que deveria,meu cabelo deve manter - se apagado, e me sinto um cara feio e ofuscado. Minhas tatuagens que me dão um charme, mas mesmo assim, estou com uma imagem de terror.

Forão dois toques e ela atendeu. Eu pensei que eu estava morrendo quando escutei o seu "Alo", Ela falou em português,mas mesmo assim eu entendia.

Alô - Ela ri dela mesma no telefone. - Desculpa. - Hello.

Meu coração está acelerado, as palavras não saem. Não costuma ser assim.

Meu estômago queima.

- Está falando palavras no país errado. - uma voz masculina fala no fundo.

- Fica quieto, querido. - Ela sussura. - Hello? - Sua voz é a mesma, a mesma voz delicada. A minha voz favorita.

Em poucos segundos ja estou chorando, essas lágrimas insistem em rolar, e rolar sobre meu rosto. E estou cansado.

- Amor, ninguém responde. - Ela diz, e meu coração se desmonta inteiro.

Ela seguiu em frente, está namorando outro cara.

- Vamos meu amor, nossa pequena ja esta estressada.

Nossa pequena? Engulo em seco.

- Então,você que não quer me responder. Tenho que desligar, tenho um viagem de negocios para fazer, como diz o meu maridão, e uma filha para criar e dar mama. Atenciosamente, Mariah Fel..

- Miller. - O homem completa. Ela vai na gargalhada e desliga o telefone.

Minhas pernas tremiam, eu a odiava com todo o meu coração naquele momento, o que ela causou em mim, foi uma reação que me causou desprezo,dor, humilho.

- Droga. - Eu grito. - Como se essa minha vida valece a pena. - ACABOU. Tirem essa droga de coração de mim. Por que essa doença não envade todo o meu corpo, e se torna numa bomba. Morre em tenho que sentir tanta dor, tanta dor durante toda essa vida.

Por que insisti em levar isso a longe?

Ela esqueceu de mim, Ela é mãe e casada. Que puta insípida que ela é. Namorei uma puta durante aquele tempo, que eu dizia que eu amava. Aqui piranha, piranha,ingrata.

Meu coração está esgotado desse sentimento bandido, dessa paz que não me envade mais.

Michelle - O que foi meu filho? - Minha mãe não podia escutar um barulho que estava aos prantos. Ela corria no meu quarto, e tinha dias que me assustava ao pensar que eu poderia estar morrendo.

Ela tem medo disso, quem não tem? Quando sei filho de insuficiência na respiração.

- Mãe. - Minha garganta está seco, meus punhos estão serrados. Suspiro fundo durante 10 segundo, que fico sem ar, e o recupero trazendo de volta para dentro. - Eu não aguento mais. - Sussuro.

Mãe - Não diga isso meu filho. Eu estou contigo, essa doença vai acabar e você vai poder viver normal como antes.

Austin - Não é isso. - Murmuro. - É que eu não aguento mais tudo mãe. Não aguento mais esta vivendo assim. Eu amo tanto a Mariah.

Mãe - Austin, vou procurar essa menina, Ela vai me ouvir. E entender que você não matou ninguém. Essa garota vai ter que me escutar. - Minha mãe altera a voz,e fica irritada.

Respiro fundo.

Austin - Já deu para mim aquela garota. Ela já está casada, e já tem uma filha, para ter noção. - Não controlo e volto a chorar.

Mãe - Não tem tempo para isso Austin, acho que você esta escutando fofocas demais. - Ela está brigando comigo.

Austin - Ninguém me falou, eu mesmo escutei. - admito.

Mãe - Como?

Mostro o celular. E me deito na cama.

Mãe - Austin, quantas vezes eu disse para você não ligar para essa menina? Quantas vezes? - Ela respira fundo. E fica calma, olhando minha reação desnorteada. - Meu filho, tira isso da cabeça. Não deu tempo para ela tá um bebê e muito menos se casar. Meu filho, se for para ser vai ser, e também. E Bruna é uma menina tão bonita.

Ela adora a Bruna.

Austin - Mas, quem eu sempre irei amar, é a Mariah ,mãe. Eu queria que fosse mais fácil! - Digo entre soluços.

Mãe - isso vai passar ,meu filho.

Cada dia vou desmoronando mais. Os dias vão passando e parece que só sobre o vazio em mim. Um dia, meus sentimentos sessarão,e tudo vai começar a se apagar. Chegará um dia que eu não me importarei com nada e nem ninguém. Eu luto todos os dias,confesso que estou tentando ser forte. Só que eu apenas estou servido pela solidão e as decepções, e a pior delas, a dor física e psicológica.

Capítulo 15

Mariah

Uma semana depois eu estava tirando meu certificado. Foi horrível. Apenas, Anne e Clara estava lá. As pessoas que eu cito o momento inteiro.

Mas, era doloroso não ver papai ali vendo eu receber o certificado. E mamãe sorrindo.

Maycon - Querida, você deveria voltar. - Estou aos prantos. Não sei bem o que fazer com um bebê, uma hora dessa do campeonato. - Já deu tempo suficiente. - Ah voz dele, era tão saudável naquele momento.

Mariah - Eu acho que é isso mesmo que vou fazer. Pelo menos eu posso começar a faculdade. - Eu acho. - É difícil, clara não está acostumada a viajar.

Maycon - Ah não imagina. Vocês mudavam tanto, que ela vai querer morar no avião. - Ele foi sarcástico e engraçado como sempre.

Mariah - Essa lugar me causou muita dor. - Suspiro. - Não estou preparada para encarar isso. Não aguento mais chorar.

Maycon - Que tal a gente fazer um novo começo juntos? - Meu coração despara. Eu sei bem o que ele esta dizendo. Já falei, não estou preparada.

Mariah - Maycon!

Maycon - Posso te esperar essa semana, aqui, em Londres? - Meu estômago a revira. Só de pensar na possibilidade de ver o Austin, é sufocante. Eu não sei se seria bom.

Mariah - Estava pensando em morar em Paris. - Cuspo as palavras. - Perto da Duda seria mais fácil.

Maycon - Mariah, quando voce chegar até aqui. Você vê. Se estabiliza primeiro.

Mariah - Pois é.

Na hora que eu avisei a todos que eu estaria indo, acharam uma barbaridade, principalmente meus vizinhos. Eles diziam que Clara, é muito nova para ir tão longe, e que não sou mãe dela.

Claro que sou,o nome dela está no meu nome agora. Consegui coloca - la para meu nome, foi aquele policial bonitão que me ajudou, ele foi muito bondoso comigo. E agora, clara esta no meu nome. E sou total responsável dela.

Confesso que outra língua, iria confundir a mente da Clarinha. Eu estava com medo de início, mas ela ainda não sabe falar, então ficaria bem mais fácil para nós.

Meus pais, eles adoraram a ideia. Já que eles não poderiam estar conosco. Estou triste. Mas, ele disseram para mim seguir em frente enquanto estão presos, lá nem é tão ruim assim. Eles estão numa casa.

Aconteceram muitas coisas, eu chorei muito. Aprendi muito. E sabia que de alguma maneira eu voltaria e não me é uma surpresa. Para falar a verdade, era isso que eu queria.

Eu quero muito encontrar o Austin, talvez entender o porquê de ele ter feito aquilo tudo, e finalmente aceitar o seu perdão. Eu queria que ela conhecesse clarinha, já que está indo até lá.

Eu não sei nada dele. Apenas fico imaginando, que ele possa estar da mesma maneira. Solto. Naquela casa arrumada, namorando outra garota ou até mesmo aquela garota. Fazendo sucesso com a banda e me esquecido.

Não é esse motivo que estou voltando, eu realmente quero que ele tenha me esquecido. Que agora sejamos apenas conhecidos, que um dia se conhecram muito bem. Nada justifica o que ele fez.

Enfim...

Quero minha nova vida. Já que agora, sou primeiramente mãe, e tenho uma criança para educar.

Quando eu cheguei em Londres, eu estava esvaziando tudo. Foi como uma surpresa para mim, clarinha estava no meu colo, tranquila demais até. Isso me surpreendeu, porque Maycon disse que ela estaria tranquila no avião - Dito e feito.

Ele está nos esperando.

E meu estômago se revirou, com pequenas queimação.

Como eu sentia saudades do Maycon. Do meu amigo. E o cheiro dele ,os sorvetes de baunilha, as conversas todos os dias, se formaram em historias coloridas na minha mente. Eu reamente sentia saudade, e agora estou de volta.

Sã e Salva. Muita coisa mudou. Eu aprendi muita coisa, e agora... Eu mereço ser feliz.

Mariah - Olha lá Clarinha, esse será seu mais novo amigo - Digo apontando para ele,enquanto um dos seus motoristas, correm para pegar minhas malas. Ele preparou tudo. - penso.

Maycon - Exatamente como imaginei. Linda como a irmã. - Ele aperta a bochexa dela, e ela sorri. - Venha me abraça.

E eu o abracei forte, com toda vontade. Mesmo que não fôssemos apaixonados, ou nada disso. Eu sentia um afeto diferente por ele, ele é um homem, e mesmo assim encarou minha fase menina, e estava comigo todos os dias, mesmo de longe.

Mariah - Que saudades que eu estava de você. - Eu o olho nos olhos, e percebo que ele ainda me olha com a mesma intensidade.

Maycon - Eu estava perdidamente com saudades. - sorrio. Estou tão contente.

Mariah - Pensei que você estaria me esperando com uma nova namorada. - fui irônica. E sinto que fiquei vermelha.

Maycon - Hahaha, bobinha. - Ele beija minha bochexa, e pega clarinha. - Essa menina é linda demais. Vejo que ela precisa trocar a fralda. - Ele se refere a mim.

Mariah - Que mãe mais desnaturada que sou. - brinco. - Essa garota faz xixi toda hora.

Maycon - Vamos, meu apartamento não é muito longe. - Como?

Eu ainda não tinha pensado aonde ficar, eu não tinha ninguém que eu pudesse contar, além de Mrs. Baker que está morta.

Fomos para o apartamento dele. E estava exatamente nos conformes. Eu não estou acostumada com muito luxo, sempre vivi bem de vida, mas nunca no luxo, e confesso que fico um pouco deslocada.

Maycon - A casa é de vocês. - Ele abre a porta. E faz com que entremos. Clara quer ir para o chão.

Mariah - Vocês me matam de vergonha. Calma aí,Clara! Vamos trocar esta fralda. - Digo durona com ela, enquanto ela resmunga.

Maycon - Deixa que eu troco a fralda dela. - arregalo os olhos. - Eu sei fazer isso. Vá comer alguma coisa na cozinha, deve estar com fome.

Mariah - Você não existe. Realmente estou com fome. - Vou para cozinha, enquanto ele entra numa porta com Clara.

Estou morando aqui, vivendo com o dinheiro que dona Baker deixou, e um pouco da mesada que juntei. Agora, eu preciso arrumar um serviço, e uma creche para Clara. É muito difícil mesmo essa vida de mãe irmã, aos 18 anos.

Fiz um sanduíche para nós dois, e um suco de goibada que eu estava louca para devorar. Nesse meio tempo, o silêncio nos atingiu.

Clara não dizia mais nada, preparei tudo, e entrei em silêncio no quarto. E vi a cena mais linda do mundo.

Ele estava sentado numa prontona, e era um quarto de bebê. Eu estava atônita. Não sabia se ria, ou se admirava aquilo.

Ele fez isso por nós? - Sinto vontade de chorar. Clarinha dorme, nos braços largos e fortes dele, enquanto ele está com seus olhos fechados a ninando.

Maycon - Você está aí a muito tempo? - Ele sussurra. Abrindo os olhos. - Me ajuda a levantar.

Mariah - Acho que foi a cena mais linda que já vi nesses meses. - Sussuro, a pegando. Enquanto ele me encara.

Maycon - Gostou da decoração? Eu mesmo quem fiz! - Ela está me ganhando.

Eu a coloquei no berço,e vou saindo do quarto.

Mariah - Não acredito que está fazendo isso por nós.

Maycon - Faço o possível para vê vocês felizes. - Ela sorri e me encara. E fico nervosa. Minhas mãos estão suando.

Mariah - Eu não sei como agradecer. - Vou indo até a mesa. - Mas, fiz um sanduíche para nós. - Sorrio.

Maycon - Olha ela!

Tomamos o nossos lanche, e sentamos no sofá para assistir filme. Está perto dele, mesmo que não fosse maravilhoso como Austin, era bom. Era confortável esta ali perto dele,ele é um cara bom, eu gosto dele. Ele é gentil.

E fazer isso por nós.

Ele realmente seria um cara para casar.

Eu estava tão confortável ali, que não tinha percebido quando comecei a o beijar. Eu não beijava a tanto tempo. E confesso que era estranho esta ali beijando outro,mas era bom, muito bom.

E eu senti como se ele fosse meu, como se tudo que ela estivesse sentindo fosse inteiramente para mim. O coração dele desparado forte, nossa, era algo estranho confesso, e meu também estava, porque o dele também estava.

E isso me deixou mais confiante. Explorei cada canto da sua boca dele,deus braços tocavam a minha cintura. Ele é bom nisso,muito bom.

Finalizamos com alguns selinhos,e ele olhava para mim. E ainda assim eu me sentia constrangida.

Maycon - Você é incrivelmente linda. Já te disse isso?

Era bizarro escutar essa frase, sem sair da boca do Austin. E eu sinto tanta a falta dele, tanta, tanta. Daqueles beijos, do jeito, do cabelo bagunçado. E me ver beijando outro, é como se o nosso para sempre estivesse acabado.

Maycon - Isso te deixou triste? - Ele pergunta preocupado.

Mariah - Não, só sinto falta de uma pessoa que nunca mais estará na minha vida. - confesso.

Maycon - O cretino - Ela diz agressivo.

Mariah. - O perdão. - penso. - Queria o odiar menos.

Maycon - Eu também. -diz cabisbaixo. - Tem o amor da garota que eu sou apaixonado. Ele é um cara de sorte.

Mariah - Sabe de uma coisa Maycon? Talvez eu não sinta falta dele, e sim, das coisas que passamos juntos. - Insisto em colocar isso na minha cabeça. - Eu acho que a gente deveria tentar.

Maycon - Eu também. - Ela diz muito alegre. E meu coracao se aperta, em pensar que eu não o amo. - Você aceita namorar comigo? - Ele pergunta.

Mariah - Eu gosto de você. - Digo. Mas, uma lágrima cai. Droga. Eu não deveria estar fazendo isso. - Vamos tentar, antes de namorar. Ok?!

Maycon - Vou fazer o possível. - Ela diz animado. Enquanto eu o beijo,e o trago para perto.

Mariah - Ah, ainda não desisti de morar em Paris. - Digo me lembrando da Du. - Não adianta mudar de ideia.

Eu não estava contente em viver na mesma cidade que Austin. Essa era a minha certeza do momento.